Motivos não faltam.
– Ele nos acompanha para onde a gente vá.
– Independentemente do dia, do lugar ou do clima, está sempre disposto a se abrir para nós.
– Desde que a gente o observe com atenção, não nos deixa sair da linha.
– É capaz de contar histórias sérias ou divertidas, mas também nos orienta e instrui.
– Faz-nos “viajar” de forma segura, imune às intempéries, pelos mais diversos lugares do mundo.
– Apresenta-nos a personagens intrigantes e profundos, que nos ajudam a compreender melhor a alma humana. Com tais personagens a gente se identifica e estabelece uma comunhão impossível de estabelecer com as pessoas de carne e osso.
– Não protesta quando o esquecemos por um tempo, deixando-o às traças, pois sabe que em algum momento a ele vamos retornar.
– Não se irrita quando a gente o suja, amassa ou rabisca. Pelo contrário, sabe que esses maus-tratos significam que estamos vivamente interessados no que ele nos diz.
– Não se chateia se a gente, por cansaço ou preguiça, resolve virar a página, ou mesmo substituí-lo por outro. Ciúme não é com ele.
– Não se constrange quando o apertamos, sopesamos, manuseamos, pois sente esses contatos como uma intimidade destituída de interesses escusos ou de má-fe.
– Não fica magoado quando o passamos a outra pessoa, pois a sua fidelidade (ao contrário da dos cães) é extensiva a todo o gênero humano.
– Está sempre de bom humor, sorrindo para nós de orelha a orelha.
(Homenagem ao Dia Mundial do Livro – 23 de Abril)
Blog de Chico Viana – https://chviana.blogspot.com.