As pessoas dizem: o importante é ser feliz. Mais importante, a meu ver, é aprender a contornar a infelicidade.
Falam que é preciso tentar coisas novas. Nem sempre. O necessário
é tirar sábias lições das coisas velhas para resistir às armadilhas do falso novo; nem toda novidade representa um acréscimo importante para nós.
Apregoam que é fundamental crer num outro mundo, pois no amor a Deus está a fonte do amor ao homem. A verdade é que uma coisa pouco tem a ver com a outra. A inspiração para amar o semelhante deve vir do próprio homem. Às vezes o dito “amor a Deus” é sobretudo um meio de se fortificar interiormente para cometer ações que nada têm de altruístas. Pode ser uma forma de se considerar autossuficiente e não sentir culpa por isso.